[...] A Aurora chega e ninguém
em sua boca a recebe
porque ali a esperança
nem a manhã são possíveis
E as moedas como enxames
Devoram recém - nascidos
em sua boca a recebe
porque ali a esperança
nem a manhã são possíveis
E as moedas como enxames
Devoram recém - nascidos
Os que primeiro se erguem
em seus ossos adivinham:
não haverá paraíso
nem amores desfolhados
Só números, leis e o lodo
de tanto esforço baldado
A barulheira das ruas
sepulta a luz na cidade
E as pessoas pelos bairros
vão cabaleando insones
como se houvesse saído
de um naufrágio de sangue.
sepulta a luz na cidade
E as pessoas pelos bairros
vão cabaleando insones
como se houvesse saído
de um naufrágio de sangue.
A Aurora de Garcia Lorca (trechos)
Tradução: Ferreira Gullar
... e aqueles que "dominam" continuam a fazer do povo meros idiotas! >.<
Nenhum comentário:
Postar um comentário